“Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que levam à perdição, e muitos são os que entram por esse caminho. Porque estreita é a porta e difícil o caminho que conduz à vida, apenas uns poucos encontram esse caminho” (Mt 7:13-14 KJA)
As cidades antigas normalmente eram rodeadas por muros devido aos grandes conflitos entre povos e nações, essa era a melhor maneira de se protegerem. A entrada que era acessível por todos tinha seus portões largos, porém, bem vigiados, já que por ali entravam todo e qualquer tipo de pessoa. O que poucos sabem é que havia também uma entrada “secreta”, essa dava à um lugar particular, era utilizado principalmente por viajantes que levavam cartas e notícias.
A porta larga é a perdição, todos entram e saem sem abrirem mão de nada, é por essa porta que se dão as grandes famas, como diz o dito popular “Quem não é visto não é conhecido”, sendo assim, essa é a entrada propícia para as falsas glórias e honras.
A porta estreita não permite que seja acessada se a pessoa estiver com as “bagagens do mundo”. Erasmo, em sua paráfrase sobre o local, “Quão rigoroso é o portão, quão estreito o caminho que leva à vida! No caminho, nada é encontrado que lisonjeie a carne, mas muitas coisas opostas a ela: pobreza, jejum, observação, ferimentos, castidade, sobriedade. E quanto ao portão, ele não recebe nenhum que esteja inchado com a glória desta vida; nenhum que seja exaltado e alongado com orgulho; nenhum que se distenda com luxo; não admite aqueles que estão carregados com as fardéis das riquezas, nem aqueles que arrastam com eles os outros instrumentos do mundo. Ninguém pode passar por ele, a não ser homens nus, despojados de todas as luxúrias mundanas, e que, por assim dizer, tiram seus corpos, são emaciados em espíritos, razão pela qual é procurada por tão poucos.”
Dado isso cabe a nós escolhermos por qual porta queremos entrar, aquela que teremos intimidade com o Rei, onde Ele nos confiará e dará informações grandiosas para serem compartilhadas, contudo, com pouco ou nenhum reconhecimento do mundo, mas que no final será recompensado pelo próprio Rei. Ou aquela que todos estarão sempre nos observando, nos servindo tudo do bom e do melhor e que carnalmente falando será a mais prazerosa, mas que no final não se levará nada que fora conquistado e o que restará será remorsos e tristezas.